Contei tudo para a Sara e até ela ficou de boca aberta mas, já era de se esperar que algo ruim fosse acontecer é muito difícil algo bom durar tanto na minha vida. Corri para a sala já que dessa vez realmente estava atrasada. Larguei minha mochila ao lado da cadeira e baixei a cabeça por mim dormiria ali mesmo mas o infeliz do Tom jogou dois papeizinhos em mim me chamando atenção.
-O que você quer?-Sussurrei
-Que me perdoe
-Isso não vai acontecer
-Por que? Minha gatinha eu...
-Não sou sua gatinha
-Katharine, você tem que me perdoar
-Não tenho não, idiota.
-Não me chama de idiota, garota.
-Chamo do que eu quiser
-Você vai me pagar
-Quero ver como
-Vai descobrir-Ele riu
-Como se você me causasse algum medo. Tenho que te lembrar que conheço gente barra pesada, minha mãe é um deles.
-Sua mãe nem gosta de você
-Senhorita Backhann-Disse o senhor Lilbert, professor de português, se aproximando- pra fora
-Mas...
-Eu disse fora-Meu olhar de raiva poderia ser percebido por qualquer idiota, peguei minhas coisas e fui para fora. Para minha grande surpresa Louis estava sentado no banco ao lado da diretoria
-Andou aprontando, Louis?
-Uma garota estava me cantando na aula, eu acabei levando toda a culpa. Mas e você?
-O Tom estava me infernizando... Quer ir pra minha casa hoje?
-Seu pai não vai ligar?
-Não, eu acho que não.-O sinal bateu para o recreio e então fomos, sentei-me eu e Louis na mesa em que Sara se encontrava.
-Ótimo somos um trio de amigos, agora?
-Não eu só sou amigo da Katharine-Eu ri
-Então por que sentou aqui?
-Porque ela está aqui
-Saia daqui, Kat.
-Fiquem quietos
-Esse garoto é muito chato.
-Admita que me ama
-Gente vou ao banheiro-Peguei meu estojinho de maquiagem e fui à caminho do banheiro, eu não tinha tido tempo de me maquiar pela manhã e não confiava nem um pouco na minha "beleza" natural. Porém, quando estava caminhando pelos corredores alguém veio em minha direção.
-Kat-Era Tom, ela me colocou contra um dos armários e pôs a mão em meu pescoço, envolveu com força como se não quisesse enforcar e sim assustar e era realmente o que ele queria
-Me larga-Falei com dificuldade
-Primeiro eu quero um beijinho, minha gatinha
-Larga ela-Disse Louis que o puxou e socou o mesmo, ele repetiu a ação e depois fez o mesmo que Tom fez comigo-Não mexe com ela.
-O que você vai fazer?
-Nem queira saber, posso ser muito vingativo, mais do que você imagina.-Ele o soltou e Tom saiu correndo
-Obrigada-Corri para abraça-lo-Você é meu herói-O selei-Desculpe
-Não precisa se desculpa, eu amo o seu beijo
-Idiota, somos só amigos.
-Ah! Que chato-O soquei
-Chato é você-Envolvi meu braço em sua cintura e então fomos em direção ao refeitório. Quando finalmente já era hora de voltar para casa, como era de se imaginar, Louis e Sara foram lá pra casa, fizemos mais bagunça que o normal, a casa era enorme e mau bagunçávamos e os empregados limpavam nem dava tempo de perceber a sujeira e bagunça.
-Kat, vem comer
-Não, deixa eu terminar de escrever
-Deixa de ser chata e vem logo, você já não lanchou
-Tá-Desci as escadas e fui para a cozinha, abi a geladeira e peguei minha comidinha especial-Parece delicioso-Eu odiava aquilo mais que tudo, mas não tinha outra saída estava bem acima do peso do que gostaria de estar
-Você vai comer essa coisa?
-Ai Sara, você está com o corpo perfeito, eu não.
-Pelo amor de Deus seu corpo é lindo
-Você acha qualquer garota bonita, Louis;
-Não mesmo
-Me deixem em paz, eu quero comer isso, eu gosto tá?
-Sua cara de nojo diz tudo
-Me deixa em paz, Sara.-Comi rapidamente o que tinha no prato
-Onde vai, Kat?
-No quarto, Fiquem ai.-Fui correndo para o meu quarto
Louis on:
Estava bagunçando com a Sara, acho que me sentia a vontade na casa da Kat. Joguei um pedaço de pão nela e ela jogou um salgadinho em mim. Fomos limpar antes que a Kat visse quando me levantei após pegar o salgadinho, vi um homem alto e moreno, tinha uma aparência dura e cansada, parecia um homem feliz, mas na verdade apenas tentava disfarçar com um sorriso estampado no rosto, ele me lembrava alguém, uma memória distante e antiga, não conseguia saber quem e as vezes parecia que não queria lembrar
-Tio Tedd-Sara correu para abraça-lo, sendo assim, imaginei que aquele fosse o pai da Kat e minha memória pareceu ficar cada vez mais distante como se não quisesse lembrar dele, simplesmente não quisesse.
-Sara! Olá, rapaz.
-Oi..-Disse meio envergonhado
-Onde está minha filha?
-Papai!-Ela desceu a escada para abraça-lo
-Filha, meu anjo!
-Você sumiu seu maluco
-Bom, quero saber se você quer ir à praia comigo este fim de semana, você pode chamar amiguinhos e Sara é claro que vai, é praticamente minha filha.
-Também te amo, tio.
-Louis pode ir conosco?-Quase morro de vergonha
-Claro, ele é o Louis?-Ela deu um beijo em sua bochecha e sussurrou que o amava
-Sim, senhor.
-É um prazer, você pode ir conosco.
-Obrigada, senhor.
-Sabe, você me lembra alguém, não sei quem mas lembra.
-O senhor também me lembra alguém-Eu sorri
-Vamos descobrir quem-Ele piscou. Parecia um bom homem, ótimo homem na verdade. Ele estava sempre buscando uma forma de fazer a filha feliz, dava tudo do bom e do melhor para ela, tanto em questão de dinheiro e coisas meterias quanto em sentimentos, dava sempre muito atenção para a filha, ao que parecia, bastava olhar em seus olhos para decifra-lo.
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